Quem usa esse termo acusa as corporações de terem se tornado muito gananciosas e de estarem por trás dos aumentos exorbitantes de preços.

O faturamento da gigante britânica da energia BP triplicou no segundo trimestre do ano, impulsionado pelo aumento dos preços do petróleo e do gás natural após a invasão da Ucrânia pela Rússia.

A ExxonMobil e a Chevron também relataram enorme crescimento dos lucros. A primeira duplicou seus números e a segunda, multiplicou seus lucros por 4.

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, criticou a Exxon em entrevista coletiva, por ganhar “mais dinheiro que Deus este ano”, em um momento em que os norte-americanos enfrentam recordes de preços da gasolina.

Este fenômeno se repete em todas as economias do mundo – e a América Latina não é exceção.

A gigante do petróleo defendeu-se, explicando que, nos últimos cinco anos, investiu a nível mundial o dobro dos seus lucros.

“Nós investimos durante a recessão para aumentar a capacidade de refino nos Estados Unidos, mesmo durante a pandemia, quando registramos prejuízos de mais de US$ 20 bilhões [cerca de R$ 104 bilhões]”, segundo a empresa.

Mas não foram só a gasolina e o gás. Os alimentos, grande parte dos serviços e uma longa lista de matérias-primas industriais ficaram muito mais caros.

Por isso, começou-se a questionar se as empresas estariam aproveitando o ambiente econômico e a inflação para aumentar seus preços e colher lucros mais elevados em um contexto de desaceleração econômica. E, sobretudo, de que forma os aumentos de preços estão também elevando o custo de vida.

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