O subprocurador-geral do Ministério Público Federal, Lucas Rocha Furtado, entrou com uma pedido para que o Tribunal de Contas da União (TCU) apure os indícios de irregularidades no processo de  venda da Caixa Econômica Federal e de subsidiárias do banco. O documento também pede, em caráter cautelar, que a direção da estatal suspenda todos os atos relacionados à privatização da Caixa até que o Tribunal tome decisão.

Os indícios de manobra estão ligados à Medida Provisória 995, que libera caminho para a  privatização da Caixa a partir da abertura de capital de subsidiárias estratégicas e rentáveis ao país.

“Esse controle se faz necessário ante os fortes indícios de que a Caixa Econômica Federal vem se valendo de uma verdadeira manobra para alienar seus ativos (e subsidiárias) sem submeter à autorização legislativa e ao procedimento licitatório na vigência de uma medida provisória. Essa manobra representa claro e evidente desvirtuamento do que foi decidido pelo Supremo Tribunal Federal acerca da matéria”, diz o pedido.

Em junho do ano passado, uma análise do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que o governo não pode vende r estatais sem o aval do Congresso Nacional e sem licitação. Mas, a Corte também entendeu que as subsidiárias não necessitam da permissão do Legislativo nem de licitação para serem vendidas.

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