O Tribunal Regional do Trabalho do Paraná (TRT-PR) decidiu nesta terça-feira (18) que as demissões dos mais de mil empregados da Fábrica de Fertilizantes do Paraná (Fafen-PR) devem ser suspensas pelo menos até o dia 6 de março.

A decisão aconteceu após audiência de dissídio coletivo de greve movida pelo Sindiquimica-PR contra a direção da Petrobras. A sessão foi conduzida pela desembargadora Rosalie Michaele Bacila Batista.

‌As demissões na Fafen são um dos pontos principais de reivindicação da greve dos petroleiros. A direção da Petrobras decidiu fechar a empresa e realizar desligamento em massa, contrariando acordo coletivo.No Rio de Janeiro, onde um grupo de petroleiros ocupa o Edifício Sede (Edise) da estatal, um grande ato foi realizado reunindo movimentos populares, estudantes e trabalhadores em defesa da estatal e em apoio ao movimento grevista, que chegou ao seu 18º dia.

‌Tadeu Porto, diretor da Federação Única dos Petroleiros e ocupante do Edise, disse em entrevista à Fórum que a decisão representa uma vitória diante da intransigência da direção da Petrobras.

“O pessoal da Fafen que está aqui no Rio de Janeiro está comemorando muito porque demonstrou uma correlação de forças incrível. A gente entrou em uma luta quase de Davi versus Golias e conseguiu derrubar o Golias”, afirma Porto.

‌O sindicalista pontua, no entanto, que a “luta não começou ontem e nem vai terminar amanhã”. “A gente vai passar muito perrengue ainda, mas é uma decisão que nos fortalece”, afirmou.
FONTE: REVISTA FÓRUM , 18/02/2020.

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