O economista Gabriel Galípolo, indicado pelo ministro Fernando Haddad para a diretoria do Banco Central, assumiu tom conciliador ao conversar com jornalistas hoje.

O que aconteceu foi que Galípolo disse que todo mundo que baixar os juros, em meio ao cabo de guerra entre governo e Banco Central. 

"Tenho convicção que toda diretoria do Banco Central não tem nenhum tipo de satisfação, nem profissional, nem pessoal, de ter juros mais altos", falou.

Ao mesmo tempo, Galípolo reconheceu que o Ministério da Fazenda tenta criar um ambiente para que o mercado possa colocar os preços da maneira adequada e o Banco Central possa sancionar essa redução.

O economista se colocou à disposição para colaborar com o projeto.

Questionado se poderá ter algum entrave no Senado, o indicado falou que espera que não. Após a indicação, Galípolo e Ailton de Aquino Santos, também designado ao Banco Central ontem por Haddad, devem ser sabatinados no Senado.

"São pessoas extremamente técnicas, muito bem vistas pelo Congresso", afirmou Haddad ao reforçar que espera uma sabatina tranquila.

O governo Lula segue pressionando para que o Comitê de Política Monetária do Banco Central, reduza a Selic. A taxa básica de juros está a 13,75%.

Após a renovação dos juros na semana passada, Haddad disse ter ficado bastante preocupado, mas amenizou. "Da minha parte, jamais haverá pressão política, no pejorativo, sobre um órgão público que tem a mesma legitimidade que eu tenho ao ser designado pelo presidente.".

Já Lula alfinetou o presidente do BC, Roberto Campos Neto. "Ninguém fala de juros, como se um homem sozinho pudesse saber mais do que a cabeça de 215 milhões de pessoas".

Fonte: Isabella Cavalcanti, UOL, 09/05/2023.

DIGA SIM PARA QUEM DEFENDE VOCÊ. SINDICALIZE-SE!!