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INFORME BANCÁRIO 164/2023 - Licenças remuneradas e não remuneradas do trabalho: veja quais são e entenda regras

Publicado em 29 maio 2023

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CLT lista ao menos 12 possibilidades de licença remunerada do trabalho. Empresas só podem conceder licença não-remunerada para empregados se houver autorização do SINDICATO e anuência do trabalhador.

É bem verdade que a CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) concentra a maior parte das regras sobre como e quando empregados podem se licenciar do trabalho, mas há casos previstos em outros documentos.

A Lei das Eleições, a Lei Militar e a Lei de Greve são alguns exemplos que falam de licenças remuneradas e não remuneradas que podem afetar a vida de milhões de trabalhadores e de empregadores.

O G1 conversou com a advogada especialista em direito trabalhista Fernanda Garcez e elaborou este guia para explicar o que a lei brasileira reconhece como licença do trabalho.

 

1. O que é negociado se sobrepõe à lei

 

Isso quer dizer que as negociações feitas entre sindicatos de trabalhadores e patronais ou entre sindicato e empresa prevalecem sobre o que a lei determina, desde que nenhum direito seja reduzido ou suprimido.

Se, por exemplo, um sindicato consegue aumentar a quantidade de dias de licença para quem se casa, essa negociação tem mais força do que o prazo estabelecido pela CLT, que é de 3 dias consecutivos.

 

2. Convenção coletiva é diferente de acordo coletivo

 

Convenção coletiva é quando os envolvidos são dois ou mais sindicatos. "Geralmente, é entre patronal e de trabalhadores. Quando chegam a um final de negociação, sai uma convenção que vale para toda a categoria", explica Garcez.

Já o acordo coletivo resulta da negociação entre uma empresa e o sindicato de seus empregados. "É quando a empresa precisa de uma necessidade específica. O acordo coletivo estabelece regras apenas entre essa empresa e o sindicato", diz a advogada.

 

3. Suspensão, interrupção e rescisão do contrato são diferentes

 

Na suspensão do contrato de trabalho, o empregado deixa de trabalhar e a empresa também interrompe o pagamento de salários.

Na interrupção do contrato de trabalho, o empregado deixa de trabalhar, mas a empresa é obrigada a pagar os salários -- férias são um exemplo de interrupção de contrato.

Já a rescisão do contrato é o fim do vínculo entre empregado e empregador.

 

4. Licenças remuneradas previstas na CLT

 

A CLT prevê 12 situações diferentes para que o trabalhador se afaste de suas atividades sem qualquer prejuízo ao salário.

A advogada aponta que muitas convenções e acordos coletivos aumentam essas garantias, tornando o que foi negociado mais benéfico do que o legislado para os trabalhadores. "É importante que empresas e empregados olhem as convenções coletivas de trabalho", orienta.

👇 Veja abaixo quais são as 12 possibilidades de licença remunerada do trabalho listadas pelo artigo 473 da CLT e entenda mais sobre cada uma:

  • Até 2 dias consecutivos: em casos de morte de cônjuge, ascendente, descendente, irmão ou pessoa que comprovadamente viva sob sua dependência econômica. "É possível, em negociação coletiva, ampliar o número de dias ou ampliar para outros membros da família", sublinha a especialista em direito trabalhista. O nome da licença motivada pelo falecimento de membros da família é "licença-nojo". A nomenclatura vem da legislação de Portugal, onde a palavra "nojo" é associada ao luto.
  • Até 3 dias consecutivos: quando o trabalhador se casa.
  • Por 5 dias consecutivos: é a licença-paternidade, para casos de nascimento de filho, de adoção ou de guarda compartilhada. Empresas que aderiram ao "Programa Empresa Cidadã" concedem licença-paternidade de 20 dias e licença-maternidade de 180 dias.
  • 1 dia a cada 12 meses: quando o trabalhador ou trabalhadora doa sangue voluntariamente e comprova a doação.
  • 2 dias consecutivos ou não: quando o trabalhador ou trabalhadora realiza seu alistamento eleitoral, ou seja, quando tira o título de eleitor. "A empresa tem uma função social maior, que é preservar o direito ao voto e ao processo democrático", sublinha Garcez.
  • Por período indeterminado: quando o empregado precisa cumprir exigências do serviço militar obrigatório. Os deveres do reservista estão listados no artigo 65 da Lei do Serviço Militar;
  • Por período indeterminado: quando o trabalhador faz prova de vestibular. Não há qualquer diferença entre exames realizados presencialmente ou de forma remota, e nem limite de idade para que essa licença seja concedida;
  • Por período indeterminado: quando o trabalhador comparece a juízo. "Para depor em algum processo judicial, como parte ou testemunha, quando o juiz convoca para formar júri ou até mesmo para falar enquanto especialista em determinada área", cita advogada como exemplos.
  • Por período indeterminado: quando o trabalhador, enquanto representante de entidade sindical, participa de reunião oficial de organismo internacional do qual o Brasil seja membro. "Às vezes, a Organização Internacional do Trabalho (OIT) faz reuniões e eles escutam muito os órgãos representativos. Os sindicatos mandam alguém para representá-los."
  • Por período indeterminado: quando o trabalhador ou trabalhadora acompanha esposa ou companheira, durante o período da gravidez, em até seis consultas médicas ou exames complementares. O número equivale à recomendação do Ministério da Saúde para o período pré-natal.
  • 1 dia a cada 12 meses: quando o trabalhador acompanha filho ou filha de até seis anos em consulta médica.
  • Por até 3 dias a cada 12 meses: quando o trabalhador realiza exame preventivo contra o câncer devidamente comprovado. A comprovação se dá com atestado médico informando que o exame realizado foi para a prevenção do câncer.

 

5. Licenças remuneradas previstas por outras leis

 

Lei das Eleições, de 1997, também garante ao trabalhador dias de ausência do trabalho sem prejuízo ao salário.

O texto estabelece que todos os eleitores nomeados para trabalhar nas eleições serão dispensados do serviço e terão direito a folga pelo dobro de dias de convocação.

Nesse cálculo, são incluídos os dias de votação e também os dias destinados ao treinamento dos eleitores convocados.

Por exemplo, se o treinamento para mesário durar um dia, a pessoa terá direito a quatro folgas: duas para o dia de treinamento e duas para o dia da eleição.

 
 


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